Take 2

quinta-feira, junho 08, 2006

Quantos mais sapos vou ter que beijar?!

Quanto melhor conheço os homens mais gosto das mulheres! Infelizmente nunca conseguiria apaixonar-me por nenhuma delas! Os homens são egoístas, preguiçosos, comodistas, imaturos. De uma forma geral, as mulheres são mais sensíveis, mais generosas, mais altruístas, e acima de tudo mais independentes!

Estou farta de conhecer homens que não conseguem ficar sozinhos porque não sabem viver sem uma muleta. Precisam da muleta para tudo e mais alguma coisa. Seja para limpar a casa, tratar da roupa e fazer o jantar, mas também para o social, ir ao cinema, ir de férias, companhia para... seja o que for! E o pior de tudo é que serve uma muleta qualquer!
Mantêm-se presos a alguém de quem claramente não gostam porque lhes dá jeito, mas acima de tudo porque têm medo de estar sozinhos, porque têm medo de estar consigo mesmos. Pelos vistos não gostam da sua própria companhia!

Acham que estou a exagerar? É porque não conhecem o mundo do lado que eu agora conheço. Do lado em que se fala abertamente, onde não se esconde o lixo debaixo do tapete, onde é permitido chorar. Há uns anos atrás também eu diria: “Que parvoíce é que esta está para aqui a dizer? Deve julgar que é aquela loira do Sexo e a Cidade a emitir opiniões sobre relacionamentos, quando ela própria não consegue ter nenhum que dure! Sabem, a série daquelas malucas que só pensam em gajos... gandas malucas.”


Sim, eu também já fiz parte do clube das desperate housewifes. Esse clube em que imperam a superficialidade e a falsidade, o que importa acima de tudo é manter as aparências. “Lá em casa está tudo óptimo, e com vocês?”. Que importa se o marido anda a comer a secretária e a mulher fantasia secretamente com um colega do trabalho, isto quando ao fim de meia dúzia de recusas já não dá mesmo para evitar os avanços do marido...!

Devo parecer amarga, e não quero ser mal interpretada, bem sei que existem excepções e até conheço algumas (pois se eu própria achava que era uma delas), mas como diz o velho ditado, a excepção só vem confirmar a regra!

Tenho conhecido mulheres fantásticas, qualquer homem com metade das suas qualidades seria um fenómeno raro! As mesmas qualidades reunidas numa mulher, porém, são consideradas comuns, vulgares, e de todo valorizadas.
Mas o que mais admiro nas mulheres que tenho conhecido é mesmo a recusa da saída fácil, menosprezarem-se e aceitarem a segunda escolha por nenhuma outra razão que não medo, a coragem de escolherem estar sozinhas.
Amigas (e vocês sabem quem são), coragem, a recompensa é a alegria de viver perigosamente!

Em tempos li algures: “Se buscas a segurança em vez da felicidade, a segunda será o preço que terás de pagar pela primeira”. Será que poucos concordam com isto? Parece-me tão evidente que se nos entregarmos à segurança do conformismo estaremos a desperdiçar as nossas vidas. Não será que vale mais ter momentos que durem uma vida que uma vida inteira sem momentos...?
Sabemos que as nossas vidas são efémeras mas agimos como se fossemos eternos!

Pois eu prefiro os momentos. Eu quero o príncipe encantado, não precisa vir de cavalo nem salvar-me de coisa nenhuma, e definitivamente que não traga armadura (!), mas que me faça voar sem asas, que me faça sentir nas nuvens. O meu príncipe é independente, está sozinho porque quer estar sozinho, porque ainda não conheceu a pessoa certa e não está disposto a aceitar nenhuma outra. Como eu.

2 Comments:

  • At setembro 22, 2006 3:31 da manhã, Blogger Miguel said…

    Ainda hesitei, mas talvez pelo que estou a passar neste momento dificil, não consigo ficar indiferente ao teu post. Enfim...é sempre bom desabafar e no fim talvez me sinta melhor e quem sabem tu tb. Aqui vai.
    Talvez seja a tal excepção á regra, não sei. Mas sei o que sinto e não é nada agradavel. É um vazio enorme, derrepente tudo deixou de fazer sentido. Limito-me a existir,expirar e inspirar e pouco mais.
    Conhecia a I. através da R. A I. é casada e tem uma filha de 3anos. Começámos a sair os três e a conversa com a I. era cada vez mais intensa e absorvente. Um dia convidou-me para um café. Apareceu sozinha sem a R. para minha surpresa. Senti-me incomodado visto I. ser casada. Mas eramos amigos e isso não tem nada de mal. Num outro dia I. convidou-me para um passeio, visto eu ter mudado de cidade e não conhecer mt da minha nova zona de residência. Aceitei. O passeio foi excelente. Mas comecei a sentir que algo não estava bem. Isto não era normal. Mas o nosso cérebro prega-nos partidas e lá me convenceu que estava a ser preconceitouso. No dia a seguir convidei-a para um café para agradecer o passeio. Aceitou e mais uma vez a conversa flui-o agradavel. No sábado seguinte convida-me para o cinema. Já cego por um sentimento que despontava, aceitei. Do cinema fomos beber um copo. No fim levei-a ao carro, que estava parado ao lado do meu. Conversamos um pouco. Presenti que não se queria ir embora sem um beijo...a vontade era enorme...mas tinha um alarme na cabeça que gritava: PROIBIDO! Não houve beijo. Na terça a seguir convida-me pra lá ir a casa ver os "perdidos", a nossa série preferida. Fiquei estupefacto!Então mas é casada ou não?! Se calhar está separada!Pensei eu! E nas nossas conversas nunca me falou dele! Aceitei!
    Estava em casa sozinha. A filhota já dormia. Vimos a série,mais um dvd, mais tv...e aconteceu. Sempre respeitei namoros e casamentos e a ultima coisa que eu queria, éra apaixonar-me por uma mulher casada. Aconteceu!
    No fim disse-me que era casada, queria continuar casada e não tinha a consciência pesada por ter traido o marido. Já não sentia nada por ele e davam-se como cão e gato. Agradeci-lhe a honestidade e vim me embora. Mas o sentimento já lá estava. Era mais forte do que eu. Voltamos a ver-nos e a fazer amor. Cada vez mais intensamente! Quando não podiamos tar juntos faziamos amor literalmente por sms.
    Fomos passar um fim de semana a Lisboa. Foi um sonho! Fomos outro para Espanha. Outro sonho! O C. marido de I. passava vários dias ausente devido á profissão e pelos vistos tb não dáva muita importancia á mulher. Mas acabou por descobrir. Por incrivel que pareça perdou a traição a I. Quis continuar o casamento. Eu fiquei destroçado pela possibilidade de perder I. Esta hesitou mas a paixão foi mais forte e resolveu sair de casa e pedir o divórcio.
    Fiquei feliz da vida. Já à muito tempo que não amava alguem tão intensamente e era correspondido!
    I. alugou uma casa. Preparou-a para ela e para a filhota. Não se esqueceu de mim e comprou-me uma escova de dentes e o os meus cereais preferidos. Achei o gesto super amoroso! Sentia-me radiante! Feliz da vida!
    C. ficou desesperado e começou a pressionar I. para voltar para ele. I. contava-me tudo e estava muito preocupada pela filha. C. fazia cenas em frente da filha e começou a usa-la para convencer I. de que estava a cometer um erro. I. começou a ficar apreensiva por causa da filhota, mas não desistiu do nosso amor. Eu não conhecia a bébé para não consternar mais esta, mas um dia I. fez questão que eu conhece-se a filha. Decidimos encontrarmo-nos na praia como se fosse casual. Conheci a filha de I. Brinquei com ela e ela comigo. I. ficou radiante e eu tb! Sempre adorei crianças.
    Passaram uns dias sem eu ver I. Nunca estive com ela, quando esta ficava com a filha em casa. Para poupar a criança já que o pai enfernizava a vida a I.
    Entretanto tivemos uns dias sem nos poder ver. Reparei que I. estava distante. As sms eram cada vez mais escassas. Até que pela primeira vez, em 5 meses, I. não me dá as boas noites. Na manhã seguinte fico á espera dos bons dias. Nada. Ligo-lhe. Não atende. Insisto. Silêncio. Entretanto recebo uma sms de I. Muito secamente diz-me que não nos podemos ver mais. Que não podia sacrificar a felicidade da filha pela dela. Estremeci. O chão desapareceu-me dos pés. Fiquei completamente de rástos!
    Por respeito ao pedido dela não lhe respondi. Mas não aguentei e no dia seguinte fui procura-la ao trabalho. Primeiro não me quis receber, mas depois cedeu. Fomos tomar um café. Pedi-lhe por favor que me esplicasse o que se passou. não conseguiu dizer quase nada. Apenas que a filha estava primeiro que ela. tive que aceitar. Sai em lágrimas e só me apetecia desligar a máquina. Voltei a insistir. Queria entender! Aceitou voltar a encontrar-se comigo. Mas para uma última despedida. Sem palávras. Aceitei. Fizemos amor como se o mundo fosse acabar. Foi algo que nunca senti em 32 anos de vida. Despedimo-nos a chorar.
    Seguimos as nossas vidas, mas passado uns dias voltámos a encontrar-nos. Devolveu-me as minhas coisas que tinha em casa e ofereceu-me um livro que sabia que gostava. Abraçámo-nos e mais uma vez acabamos em lágrimas.
    Já passou uma semana. nunca mais nos vimos. Nunca sofri tanto. E ainda hoje não entendo o porque de não podermos concretizar o nosso amor.
    E assim acaba esta história, infelizmente com um final infeliz. Não imaginas a frustação que habita em mim! Se há algo que eu valorizo mais que tudo é amar e ser amado! Acho que não há nada mais valioso no mundo! Esperei até hoje por este momento de plena felicidade e de repente foge-me das mãos...ainda hoje não acredito que isto me aconteceu...só quero acordar deste pesadelo.

    Desculpa...mas estáva a precisar de desabafar...li o teu post e não resisti...nós tb sofremos
    L.

     
  • At dezembro 06, 2006 3:17 da tarde, Blogger Andorinha said…

    Vim comentar um post, li um comment e estou baralhada...não sei que dizer.
    Concordo na íntegra com a Take 2, sou fã incondicional do Sexo e a Cidade e maior "golpe baixo" que a foto do encontro final da Carrie e do Mr.Big não houve!;) Tb concordo com a análise que fazem constantemente na série e mtas vezes vou-me deitar a pensar: mas q raio!
    Qto ao name...se me permites, sofremos sempre todos, não há tango sem par. Eu tb não entendo mtas das coisas q me acontecem e mto menos as opções que por vezes se tomam, mas ... no one said living was easy :(
    Boa sorte querido,
    Beijinhos

     

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